Tasso diz que veto venezuelano a Jobim é um “tapa na cara” da chancelaria brasileira

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) repudiou, em pronunciamento na tarde desta quarta-feira (21),  a omissão do governo brasileiro em relação ao veto da Venezuela ao nome do ex-Ministro Nelson Jobim. Ele havia sido indicado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como chefe da missão da União das Nações Sul-americanas (UNASUL) que acompanharia as eleições parlamentares venezuelanas em dezembro deste ano. A missão teria por objetivo observar as diferentes fases do processo eleitoral e verificar se as condições institucionais vigentes no país asseguram equidade na disputa eleitoral.

A sugestão, que recebeu amplo apoio dos Estados-Membros, foi aprovada pela Presidência da República e submetida pelo Itamaraty à presidência pro tempore da UNASUL, mas foi preterida por suposto veto das autoridades venezuelanas. Diante do ocorrido, o TSE decidiu não participar da missão, pois a demora do órgão eleitoral venezuelano em pronunciar-se inviabilizou uma observação adequada por parte da missão.

Tasso Jereissati destacou que “esta não é a primeira vez em que o governo venezuelano afronta instituições brasileiras. Primeiro foram os Senadores que, hostilizados por apoiadores do presidente Nicolás Maduro, foram impedidos de cumprir missão oficial naquele país. Agora o veto ao nome do ex-Ministro Nelson Jobim ‘é um tapa na cara’ da chancelaria brasileira, demonstrando o constante desrespeito da Venezuela aos tratados e acordos do Mercosul, à democracia e ao Brasil”.  Ele registrou, ainda, que nem a Presidente Dilma  Rousseff, nem o Itamaraty se manifestaram quanto ao ocorrido, e é preciso que o Senado Federal se posicione. Em seguida, o Presidente da Casa, Senador Renan Calheiros, apoiou a sua manifestação e registrou o repúdio ao veto e aos obstáculos impostos pela Venezuela, impedindo a participação democrática no acompanhamento de suas eleições.

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