O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou em Plenário nesta terça-feira (2) voto de pesar pela morte do cantor e compositor cearense Belchior, falecido aos 70 anos, no último domingo (30), em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. O requerimento teve apoio do senador José Pimentel (PT-CE) e de mais 28 senadores.
— Belchior foi um homem que marcou época e foi referência, não só no estado do Ceará, mas no Brasil inteiro, pela força da sua poesia. Ele tinha uma profundidade tremenda no seu pensamento e soube, como poucas pessoas, colocar em versos essa sua revolta e insatisfação, não com a política, não com o Brasil, sua insatisfação e incompreensão sobre a vida — disse Tasso.
Para Pimentel, Belchior foi o maior poeta brasileiro, considerado o Bob Dylan do Ceará, de Sobral e do Nordeste. O vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), complementou as condolências à família do cantor, que contou ter tido a “honra” de conhecer.
— Estivemos juntos em várias ocasiões. Tenho a alegria de dizer que fui brindado com um presente muito especial. Dada a nossa relação, ele me presenteou com um quadro que ele mesmo pintou. O Brasil esteve de luto nesses últimos dias. De uma forma ou de outra, uma geração inteira se sente tocada pelas músicas de Belchior — declarou.
Já o senador Álvaro Dias (PV-PR) relembrou a colaboração do cantor na campanha Diretas Já, em 1984, no Paraná. Segundo Álvaro, Belchior esteve presente em todos os momentos, participando dos comícios nas cidades paranaenses.
— Tive a oportunidade de conviver com ele em grandes concentrações populares no Paraná, sempre de forma espontânea, desprendida, contribuindo com a sua popularidade e o seu prestígio para o crescimento daquela campanha nas ruas do meu estado — contou.
Foto: Gerdan Wesley
(Texto da Agência Senado)