Pesquisa mais recente realizada pelo Instituto DataSenado mostra que a maioria (73%) dos brasileiros sabem que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) está em funcionamento no Senado para investigar a atuação do Governo Federal e a aplicação de recursos federais por estados e municípios no combate à pandemia. Na pesquisa anterior, realizada no último mês de maio, esse dado era 65%.
Aproximadamente dois terços (67%) dos que sabem da existência da CPI acompanham os trabalhos da comissão e, desse grupo, 66% acreditam que sua criação foi muito importante para o país.
Brasileiros acham que houve demora na compra de vacinas
Para 73% da população, o Brasil começou a comprar imunizantes contra o coronavírus mais tarde do que deveria. Entre esses, 74% atribuem a demora ao Presidente da República e 97% acreditam que, se as vacinas tivessem sido compradas mais cedo, o número de mortes seria menor.
O Presidente da República é considerado por 40% dos brasileiros como o principal responsável pelo desempenho do país no combate à pandemia, seguido pela população em geral (32%) e pelos governadores (12%).
Corrupção na compra de vacinas e superfaturamento da Covaxin são os temas de investigação mais conhecidos pelos brasileiros
Entre os assuntos investigados pela CPI, a corrupção na compra de vacinas é o mais conhecido pela população que tem acompanhado o trabalho da comissão, sendo citado por 84%, seguido pela indicação do kit covid para tratamento precoce (52%).
Em relação especificamente às denúncias de irregularidades na compra de vacinas contra o coronavírus, as mais conhecidas pelos brasileiros que acompanham a CPI são o superfaturamento da Covaxin (73%) e a tentativa de corrupção na compra da AstraZeneca (54%).
Além disso, entre os que têm acompanhado a atuação da CPI, 76% tomaram conhecimento da prisão do ex-diretor de logística do Ministério da Saúde durante seu depoimento.
Impacto da pandemia na vida dos brasileiros
Seis em cada dez brasileiros afirmam que a vida piorou desde o início da pandemia. No recorte por cor/raça, percebe-se que essa avaliação é mais acentuada entre pretos e pardos.
Além disso, 40% dos brasileiros acreditam que o ano de 2021 está pior que o ano anterior. Em contrapartida, 24% acham que 2021 está igual a 2020 e outros 34% avaliam que está melhor. Esses resultados mostram que, atualmente, a percepção dos brasileiros sobre 2021 está melhor do que a observada em levantamento realizado pelo DataSenado em março.
Em relação ao medo da doença causada pelo coronavírus, 42% têm muito medo, 32% têm um pouco medo e 25% não têm medo. Em comparação a levantamento realizado em novembro de 2020, percebe-se redução no percentual de brasileiros que afirmam ter muito ou um pouco de medo e aumento dos que dizem não ter medo.
Os dados revelam que o nível de medo da doença varia de acordo com o gênero – mulheres sentem mais medo do coronavírus do que homens.
Metodologia
De 13 a 14 de julho, foram entrevistados por telefone 1.471 brasileiros de 16 anos ou mais, em amostra representativa da opinião da população brasileira. As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas. Nas entrevistas, são feitas perguntas que permitem estimar a margem de erro para cada um dos resultados aqui divulgados, calculados com nível de confiança de 95% (Anexo 1). Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a pesquisa (aproximação usual em pesquisas que não são totalmente probabilísticas). As entrevistas foram distribuídas por todas as unidades da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis, com alocação proporcional à população de cada UF.
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