O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou, nesta manhã durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o excessivo número de Ministérios no Governo Federal. Durante a audiência pública, com a presença do Coordenador do Movimento Brasil Eficiente, Paulo Rabello de Castro, e do Economista pela FEA-USP ,Thiago Custodio Biscuola, os senadores debateram a crise econômica pela qual passa o Brasil. Tasso ressaltou ser impossível para qualquer chefe do poder executivo ter mais de 12 ministros se reportando diretamente a ele e que a Presidente Dilma Rousseff não é uma administradora “miraculosa ou genial” para conseguir tal proeza. Ele atribui a quantidade atual de Ministérios à necessidade política da Presidente de satisfazer os partidos aliados de sua base, o que tornou a máquina pública “inadministrável” e completamente ineficiente. Para ele, “é necessário uma força e autoridade política muito mais ampla para mexer nesse “câncer” enraizado, se quisermos algum resultado”.
O Senador destacou, ainda, a dificuldade que vê em manter um equilíbrio econômico das contas públicas com 90% do orçamento vinculado (com finalidade específica previamente determinada). Para ele, a desvinculação é fundamental.
Requerimento
A CAE fez a leitura de requerimento do Senador Tasso que deve ser votado na próxima reunião, de convite ao Presidente da Petrobras, Aldemir Bendine. Tasso alerta que a situação da Petrobras chegou a um ponto em que se prevê que a recuperação consistiria de uma combinação de cortes de investimentos, aumento do preço da gasolina, um plano de venda de ativos mais agressiva, e uma nova capitalização. Por isso, requereu a presença do presidente da Petrobras para prestar esclarecimentos sobre como pretende lidar com a difícil situação, qual será o novo plano de recuperação da capacidade de investimento da empresa e de redução do seu endividamento ao longo dos próximos anos.