A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) realizou, nesta quinta-feira (13), uma audiência com o comandante da Aeronáutica, o tenente-brigadeiro-do-ar Nivaldo Luiz Rossato, para debater os projetos estratégicos das Forças Armadas. O oficial foi indagado pelos senadores especialmente sobre o impacto da restrição orçamentária e suas consequências nos programas desenvolvidos pela pasta. Rossatto fez uma explanação dos planos prioritários da Aeronáutica e garantiu o empenho de todos os setores envolvidos nos projetos para minimizar o impacto sobre a geração ou eliminação de postos de trabalho, trabalhando com cenários de eventuais atrasos na execução dos programas.
Segundo o Comandante, uma das prioridades da Aeronáutica é o estímulo à produção de satélites de órbita baixa, não só por razões econômicas, mas uma vez que é o que melhor se adequa às necessidades da indústria do agronegócio, dentre outras. Ainda, o militar destacou a compra dos 36 caças suecos, modelo Gripen, objeto de recente renegociação do governo brasileiro com a Suécia. O tenente-brigadeiro-do-ar ressaltou as condições vantajosas de pagamento que o país conseguiu na negociação, a transferência de tecnologia, a qualidade dos caças e a geração de 2.300 empregos diretos e a possibilidade de outros 14.650 postos de trabalho indiretos.
Sobre o assunto, o Senador Tasso Jereissati (PSDB/CE) manifestou seu apoio, tanto pela defesa da soberania nacional, quanto pela geração de emprego, conhecimento e renda aos cidadãos brasileiros. Tasso ainda indagou o Comandante da Aeronáutica sobre a facilidade com que o crime organizado tem conseguido introduzir drogas e armas em nosso território. Para Rossatto, as estratégias de inteligência dependem dos controles feitos pela Polícia e pela Receita Federal e dos sistemas espaciais e de controle do tráfego aéreo, mas admitiu ser “muito difícil” controlar os mais de 16.000 quilômetros de fronteiras brasileiras, pelo alto custo envolvido.
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(com informações da Agência Senado)